Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Lavandaria

por Jorge Fiel

Lavandaria

por Jorge Fiel

23.10.11

Cracóvia, Pisa e o preto do olho da Daniela Ruah

Jorge Fiel
  Um pequeno defeito ou imperfeição, contanto que bem explorados em termos de marketing, pode ser muito vantajoso na justa medida em que nos diferencia e personaliza. Não sei se a Daniela Ruah seria uma actriz tão famosa nos States se o branco de um dos seus olhos não fosse negro - o que até rima com uma sociedade que se pretende multiracial e, às vezes, pratica (...)
21.10.11

Matar saudades dos tróleis estupidamente abandonados

Jorge Fiel
  O 10 foi o trólei que mais usei em S. Petersburgo. Mas também me desloquei a bordo dos tróleis de linha 1, 5 e 7, de autocarros - apreciei muito o trajecto do 22, que me levou até ao Teatro Mariinsky (ainda muito conhecido como teatro Kirov), o ponto de partida para uma passeata a pé pela popular e efervescente área de Sennaya Ploschad, o cenário  escolhido por (...)
20.10.11

Porque fiquei de pé atrás com a Ludmila

Jorge Fiel
  Apesar de ainda muito jovem (não lhe perguntei a idade, mas estou em crer que é claramente sub 30) a Ludmila já é viúva. Bastante expansiva – das cinco tipas que conheci sábado passado, na secção de lingerie do department store Gostinnyi Dvor, foi aquela com quem conversei mais  -  foi ela própria que abordou o assunto, dando como explicação para não gostar (...)
20.10.11

De como o aloquete serve um tradição em contraciclo

Jorge Fiel
0   Assim a olhómetro, S. Petersburgo é uma cidade habitada por gente muito jovem. Olhando para quem passa nas ruas diria que metade do pessoal é já pós-Gorbachov, ou seja pode ter nascido na URSS mas cresceu na Rússia. Apesar do frio, são muitos os sinais de que o amor está no ar, desde a enorme quantidade de carrinhos de bebés até à quantidade de mães que vigiam os (...)
18.10.11

Não é conveniente assoar o nariz ruidosamente

Jorge Fiel
  “Vê-se logo que não é russo. Se fosse não me teria devolvido a esferográfica”, exclamou Igor Sharbatov, presidente da Associação de Sommelliers de S. Petersburgo, quando, no final da conversa, o jornalista lhe entregou a espécie de Bic com o nome do hotel gravado que lhe pedira emprestada. Os russos são muito diferentes dos portugueses, o que até se compreende (...)
18.10.11

Recordações do tempo em que fui ovo estrelado

Jorge Fiel
  Ainda fui uma das vítimas do ovo estrelado. No meu ano de caloiro na condução, como se já não bastasse a nabice inata a essa condição, tinha ainda de a apregoar ao resto do mundo através da exibição, algures na traseira do carro, de um autocolante redondo e amarelo, com um 90 dentro que sinalizava a velocidade máxima a que eu estava habilitado a circular. A versão (...)
17.10.11

Eu e o Matisse somos homens de família

Jorge Fiel
  Sempre que visito um museu, não resisto a jogar, em cada sala, um jogo comigo mesmo. Se me dissessem: escolhe daqui o quadro que podes levar para casa (para pendurar na parede e desfrutar – não para vender), qual é que levavas? E no final da visita, tento eleger o quadro nº 1. Assim à primeira vista, o quadro que eu traria do Hermitage era do Matisse – mas não a (...)
17.10.11

No Palácio de Inverno, 96 anos depois dos bolcheviques

Jorge Fiel
  Noventa e seis anos depois dos bolcheviques, avisados do início da Revolução por uma salva de artilharia disparada pelo cruzador Aurora (fundeado no Neva), terem assaltado o Palácio de Inverno, chegou finalmente a minha vez de trilhar o mesmo caminho – com a diferença de que antes de entrar tive de aguardar pacientemente 45 minutos na bicha, pagar 400 rublos pelo (...)