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Lavandaria

por Jorge Fiel

Lavandaria

por Jorge Fiel

20.10.11

De como o aloquete serve um tradição em contraciclo

Jorge Fiel
0   Assim a olhómetro, S. Petersburgo é uma cidade habitada por gente muito jovem. Olhando para quem passa nas ruas diria que metade do pessoal é já pós-Gorbachov, ou seja pode ter nascido na URSS mas cresceu na Rússia. Apesar do frio, são muitos os sinais de que o amor está no ar, desde a enorme quantidade de carrinhos de bebés até à quantidade de mães que vigiam os (...)
20.10.11

Devaneio sobre o tempo a importância dos cafés

Jorge Fiel
  Os cafés são peças essenciais no processo de conhecimento de uma cidade. Por muito bem que se tenha planificado o dia, é sempre preciso fazer correcções de rota e nada melhor do que a mesa de um café para, calma e confortavelmente, abrir o guia, espalhar o mapa, repensar trajectos, escrever novas cábulas, escolher o transporte público mais adequado para nos levar a (...)
19.10.11

A Natacha é uma mosquinha morta

Jorge Fiel
  A Natacha é daquelas raparigas simpáticas, razoavelmente bem parecidas, mas que não me fala a nenhuma parte da anatomia. Falta-lhe aquele je ne sais pas quoi! O aspecto geral e modos delas são correctos, não o posso negar, mas a verdade é que não me entusiasma os sentidos. É um pãozinho sem sal , bonitinha, mas uma mosquinha morta que nunca conseguiu salientar-se no (...)
19.10.11

Pedro, um dentista amador com a mania das grandezas

Jorge Fiel
  Pedro, o Grande. Catarina, a Grande. Moscovo, 15 milhões de habitantes. Leninegrado (a região de S. Petersburgo ainda se chama assim), cinco milhões de habitantes. Os russos -  o povo que mais álcool e carne consome à face da Terra -  são uns incorrigíveis exagerados que têm a mania das grandezas. Sei perfeitamente que os nossos reis também tinham as suas (...)
19.10.11

O homem dos selos e o astuto vendedor de caviar

Jorge Fiel
  À saída do Hermitage, quando me tentaram vender selos e caviar (seria?), adoptei o modo que reservo a arrumadores e pedintes entocados em semáforos – faço de conta que não é nada comigo, enquanto abano a cabeça e sigo em frente. A história acabaria aqui, se o vendedor do alegado caviar não me tivesse desarmado a guarda com a pergunta fatal “Where are you from?”. 3- (...)
18.10.11

Eu e a Svetlana não fomos feitos um para o outro

Jorge Fiel
  Esta é a Svetlana, uma das cinco amigas que fiz na secção de lingerie do department store  Gostinnyi Dvor, sábado passado. Só Deus, Buda, Alá e mais  um grupo restrito e seleccionado de outros deuses sabem a enorme dificuldade que tenho em resistir a uma mulher atraente de cabelo curto. Ainda por cima a Svetlana, apesar do nariz demasiado perfeito e simétrico para o (...)
18.10.11

Não é conveniente assoar o nariz ruidosamente

Jorge Fiel
  “Vê-se logo que não é russo. Se fosse não me teria devolvido a esferográfica”, exclamou Igor Sharbatov, presidente da Associação de Sommelliers de S. Petersburgo, quando, no final da conversa, o jornalista lhe entregou a espécie de Bic com o nome do hotel gravado que lhe pedira emprestada. Os russos são muito diferentes dos portugueses, o que até se compreende (...)
18.10.11

A cobradora tipo é idosa, baixa e corpulenta

Jorge Fiel
  Há já longos anos que o conceito do agente único extinguiu a figura de cobrador (vulgo pica) nos transportes públicos de Porto e Lisboa, mas essa figura continua vivíssima da Silva nas carreiras de trólei, eléctrico e autocarros de S. Petersburgo. Nos últimos quatro dias, tenho dedicado parte não negligenciável do meu tempo e atenção a esta matéria, o que me (...)
18.10.11

Recordações do tempo em que fui ovo estrelado

Jorge Fiel
  Ainda fui uma das vítimas do ovo estrelado. No meu ano de caloiro na condução, como se já não bastasse a nabice inata a essa condição, tinha ainda de a apregoar ao resto do mundo através da exibição, algures na traseira do carro, de um autocolante redondo e amarelo, com um 90 dentro que sinalizava a velocidade máxima a que eu estava habilitado a circular. A versão (...)
17.10.11

Eu e o Matisse somos homens de família

Jorge Fiel
  Sempre que visito um museu, não resisto a jogar, em cada sala, um jogo comigo mesmo. Se me dissessem: escolhe daqui o quadro que podes levar para casa (para pendurar na parede e desfrutar – não para vender), qual é que levavas? E no final da visita, tento eleger o quadro nº 1. Assim à primeira vista, o quadro que eu traria do Hermitage era do Matisse – mas não a (...)