Quatro sábios conselhos para tentar atenuar o ferro que é ser passageiro frequente do Alfa Pendular
Apesar de não simpatizar com o Alfa, em boa hora resolvi adoptar a pragmática atitude de Realpolitik em relação a ele, já que o tenho de o utilizar com frequência.
O meu primeiro conselho que eu dou a todos os passageiros frequentes é que comprem o Cheque-trem, um investimento que garante logo à partida um desconto de 11% sobre o preço da viagem, a que se pode somar mais 10% se compramos a ida e volta ao mesmo tempo (e não mudarmos a viagem…).
Eu passo a explicar. Por 225 euros adquire-se um Cheque-trem que dá direito a viagens no valor de 250 euros. Ou seja, está aqui um desconto de 10%, a que se deve adicionar mais 1%, pois quando esgotamos as viagens a que tínhamos direito, a CP dá-nos 2,50 euros contra a entrega do Cheque-trem velho e gasto.
O meu segundo conselho é para que não viajem em primeira classe (Conforto, dizem eles) porque a diferença de preço para a Económica é uma autêntica roubalheira, se atentarmos na escassa diferença de serviço. Um café, uma água, um biscoito, um jornal e 25% de hipótese de acesso a uma tomada não justificam os 24 euros de diferença na ida e volta entre Porto e Lisboa.
O meu terceiro conselho é de pedirem um lugar no sentido do marcha para aumentarem as hipóteses de não enjoarem se forem a trabalhar no computador durante a viagem.
O meu quarto conselho é que, no regresso a casa, não percam as duas mais fantásticas paisagens da viagem (o que implica ir do lado esquerdo): a primeira das praias, a seguir a Espinho, e a segunda, a fabulosa panorâmica do Porto, logo a seguir ao comboio partir das Devesas.