O melhor amigo do homem é uma lata de atum
Apesar de gostar de cães, acho que o melhor amigo do homem é uma lata de atum de conserva.
Equipada com um sistema de abertura fácil (graças a uma bem aventurada coligação entre Deus e o desenvolvimento tecnológico terreno, já não é preciso corrermos o risco de amputar os dedos sempre que abrimos uma lata), uma conserva de atum resolve uma refeição, em caso de aflição.
Se optarmos por um sandocha, temos duas soluções ao nosso dispor:
a) A javarda, em que o atum é casado com doses industriais de maionese, dando origem a uma pasta saborosa e fácil de barrar, mas com níveis letais de colesterol;
b) A saudável, em que rodelas de tomate, fatias de ovo cozido e folhas de alface fazem companhia ao atum (conservado em azeite virgem ou ao natural!).
Sem que isso possa ser interpretado como falta de respeito pela sandes de atum (a que recorro com bastante frequência) devo confessar que prefiro pôr o atum a conviver com feijão frade (também enlatado), sendo que o conjunto é generosamente regado com azeite, vinagre, salsa e bocadinhos de cebola picada.
Uma saladinha destas, acompanhada de um copo de branco geladinho, é o sonho de uma noite de Verão.