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Lavandaria

por Jorge Fiel

Lavandaria

por Jorge Fiel

Sex | 13.02.09

O Ponto G não é uma realidade, é um pensamento

Jorge Fiel

Fotografada no início da aventura Mamas de Sonho (Gina nº 187), Ghitte está com cara de quem acredita mais na existência do Pai Natal do que na do Ponto G

 

“O Ponto G é mais um mito urbano criado para fazer companhia a outros mitos actuais como as depressões e os tradicionais mitos infantis.

Cá para mim, se querem mesmo saber, o Ponto G é a Fada dos Dentes da malta crescida. A única diferença é que, enquanto a Fada do Dente tem uma surpresa agradável para quem acorda, pois, durante a noite, alguém amigo vos põe uma moedinha debaixo da almofada, já no Ponto G o mesmo não acontece, pois é geralmente durante a noite que o Gêzinho ensombra a cabeça e a cama de quem faz por não dormir.

O tal de G não passa de um mito sexual, usado para complicar as nossas existência e nos sentirmos gorados nos nossos objectivos sexuais”

Sete anos de mau sexo”, Ana Anes, página 87

 

Há gente que se desembrulha muito bem quando age sob pressão, mas, para a maior parte das pessoas, o excesso de pressão prejudica muito a sua performance.

Por isso mesmo, este artigo, em boa hora publicado na Maxmen, pode ter o benéfico e terapêutico efeito de funcionar como uma válvula de escape para tensões desnecessariamente acumuladas pelos dois géneros envolvidos numa saudável confraternização.

A rapariga que concluiu o truca truca sem ter visto a Noite Estrelada do Van Gogh e contabilizado pelo menos meia dúzia de orgasmos múltiplos fica muito mais descomplexada depois de ter lido a autora afirmar que o Ponto G é um mito urbano.

O rapaz que concluiu o truca truca sem ter visto a sua parceira revirar os olhos, como se estivesse possuída por Satanás, e agitar o corpo, como se estivesse a ter um ataque epiléptico, fica muito mais descomplexado depois de ter lido a autora afirmar que o Ponto G não passa de um mito sexual.

Leonard Cohen escreveu que ser infeliz não é uma realidade, mas sim o pensamento.

Eu sinto-me tentado a elaborar teoria, traçando uma bissectriz entre as reflexões da Ana e do Leonard, concluindo que o Ponto G não é uma realidade, mas sim um pensamento.

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