O Ponto G não é uma realidade, é um pensamento
Fotografada no início da aventura Mamas de Sonho (Gina nº 187), Ghitte está com cara de quem acredita mais na existência do Pai Natal do que na do Ponto G
“O Ponto G é mais um mito urbano criado para fazer companhia a outros mitos actuais como as depressões e os tradicionais mitos infantis.
Cá para mim, se querem mesmo saber, o Ponto G é a Fada dos Dentes da malta crescida. A única diferença é que, enquanto a Fada do Dente tem uma surpresa agradável para quem acorda, pois, durante a noite, alguém amigo vos põe uma moedinha debaixo da almofada, já no Ponto G o mesmo não acontece, pois é geralmente durante a noite que o Gêzinho ensombra a cabeça e a cama de quem faz por não dormir.
O tal de G não passa de um mito sexual, usado para complicar as nossas existência e nos sentirmos gorados nos nossos objectivos sexuais”
Sete anos de mau sexo”, Ana Anes, página 87
Há gente que se desembrulha muito bem quando age sob pressão, mas, para a maior parte das pessoas, o excesso de pressão prejudica muito a sua performance.
Por isso mesmo, este artigo, em boa hora publicado na Maxmen, pode ter o benéfico e terapêutico efeito de funcionar como uma válvula de escape para tensões desnecessariamente acumuladas pelos dois géneros envolvidos numa saudável confraternização.
A rapariga que concluiu o truca truca sem ter visto a Noite Estrelada do Van Gogh e contabilizado pelo menos meia dúzia de orgasmos múltiplos fica muito mais descomplexada depois de ter lido a autora afirmar que o Ponto G é um mito urbano.
O rapaz que concluiu o truca truca sem ter visto a sua parceira revirar os olhos, como se estivesse possuída por Satanás, e agitar o corpo, como se estivesse a ter um ataque epiléptico, fica muito mais descomplexado depois de ter lido a autora afirmar que o Ponto G não passa de um mito sexual.
Leonard Cohen escreveu que ser infeliz não é uma realidade, mas sim o pensamento.