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Lavandaria

por Jorge Fiel

Lavandaria

por Jorge Fiel

Qui | 12.06.08

O bigode vai voltar a estar na moda

Jorge Fiel

 Moi, na altura em que usava bigode

 

Não tenho dúvidas. Já captei nas ruas os sinais suficientes para poder afirmar, com convicção, que não falta muito para o bigode voltar a estar na moda.

A moda é uma espécie de ióió que se desenvolve em movimentos perpétuos de vai e vem.

O antigo presidente do Vitória de Guimarães, Pimenta Machado,  escandalizou o contingente nacional de virgens púdicas (de ambos os sexos mas com clara predominância para o masculino) ao proclamar a insofismável verdade de que o que hoje é verdade amanhã pode ser mentira.

Na moda passasse exactamente a mesma coisa que no futebol.

As horríveis sabrinas, que ontem eram completa e absolutamente possidónias, estão a aí a calçar 68% dos pezinhos femininos.

As desprezíveis calças à boca de sino, que anteontem estavam arrumadas no baú das recordações dos anos 70, votaram ontem a estar na moda e a ajudar os cantoneiros de limpeza na nobre tarefa de limpar as ruas.

O parolo bigode, que hoje está completamente “out”, vai amanhã ser a coisa mais “in” do Mundo, sendo que ninguém se deverá espantar se o camarada José Sócrates fizer a campanha eleitoral para as legislativas com um bigode fininho à Clark Gable a ornamentar-lhe o lábio superior - que treme sempre que ele se irrita.

Estou em crer que os bigodes fininhos, celebrizados pelo impagável Cantinflas, são a guarda avançada do regresso do bigode, abrindo o caminho para os bigodes farfalhudos, à Artur Jorge.

De mão dada com o bigode, estará também o regresso das patilhas à Ramalho Eanes.

A este propósito devo dizer que não só nunca fui um homem de patilhas como nunca votei no general Eanes, que sempre associei ao fim da utopia de fundar em Portugal uma sociedade mais justa.

Nunca usei patilhas, mas atravessei metade da minha vida com um bigode virgem.

Para evitar mal entendidos, informo que este qualificativo deriva do facto de nunca ter rapado os pelos -  apenas aparado, quando eles ultrapassavam a linha do lábio ao ponto de começarem a acumular bocados da gema dos ovos estrelados - desde que eles se constituíram sob a forma de buço, no dealbar da minha adolescência.

Ou seja, dizer que o meu bigode era virgem não significa que ele nunca tenha convivido com pelos púbicos femininos.

O meu bigode foi condenado à morte quando as minhas colegas do escritório do Expresso no Porto me convenceram que naquela altura do campeonato (os anos 90) já nem os futebolistas dos Regionais usavam esse adereço.

Alegavam elas (a Isabel, a Ana Maria e a Lídia) que o bigode estava completamente fora de moda e apenas era usado por alguns cabo da Guarda Nacional Republicana.

Apesar de à época a profissão de cabo da GNR ainda não ter visto a sua imagem aviltada pelos crimes horrendos cometidos pelo presidente da Casa do Benfica em Santa Comba Dão, este argumento foi decisivo para me convencer alargar o âmbito da intervenção da Gillete.

 

PS. O Mourinho está vingado. É desta que o Chelsea vai ao fundo. É bem feito! O Abramovich nem sabe nas que se meteu. Finalmente vai ter um bom motivo para a cara de azia que trás sempre ente afivelada

PS2. Eu sei perfeitamente que estou a abusar do tema futebol, mas se ligarem a televisão ou espreitarem para os jornais e revistas, confirmarão que não sou o único.

 

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