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Lavandaria

por Jorge Fiel

Lavandaria

por Jorge Fiel

Qui | 21.02.08

Ai, se eu fosse rico! Parte I O meu parque automóvel

Jorge Fiel

 Não abro muito a boca quando peço. Uma Voyager igual a esta já me deixaria feliz

 

Apesar de partir amanhã de férias para Roma e apesar de estar escandalizado com as poucas vergonhas que se estão a passar no Nickelodeon (não é que o Patrick Estrela e o Sponge Bob resolveram sair do armário, passaram a viver como um casal e adoptaram como filha uma concha cor de rosa?) inicio hoje uma série de «posts» subordinada ao tema «Ai, se eu fosse rico!».

Destina-se esta série - que desconheço em absoluto de quantos «posts» será composta (para já apenas me comprometo a fazer um segundo para justificar a denominação «série») - a partilhar com as preclaras e preclaros o que eu faria se de um momento para o outro ganhasse o «jackpot» do Euromilhões (o que é altamente improvável uma vez que não jogo) ou descobrisse que era filho do Américo Amorim (o que é bem mais provável, estas coisas estão sempre a acontecer; não é que no outro dia a Alexandra Lencastre soube que era meia-irmã duma jeitosa da televisão?).

Começo esta auspiciosa série (que lamentavelmente é de ficção) com o que faria relativamente ao meu parque automóvel se a minha conta bancária fosse subitamente fortificada com pelo menos mais sete zeros à direita.

Neste preciso momento, o meu parque automóvel é constituído por uma carrinha Fiat Marea, cinzenta, de 2001, e por um Austin Mini Clubman, branco, de 1974.

Na opinião das Finanças, consta também do meu parque automóvel um Fiat Uno, azul, fabricado algures nos anos 80, que comprei ao meu amigo e colega Abílio Ferreira com o bondoso intuito de o oferecer ao meu enteado Gonçalo.

O Gonçalo alega que vendeu o Uno a um ucraniano, mas a verdade é ele ainda está registado em meu nome, o que me leva a pensar, com bastante fundamento, que ainda não acabaram as chatices derivadas do meu acto generoso de o presentear com um carro assim que ele tirou a carta. Enfim…

Ganhei muito afeição ao Mini, pelo que, mesmo que milionário tipo Tio Patinhas, estaria fora de questão desfazer-me dele.

Já a Marea seria despachada e substituída, nas suas funções de transportar família, amigos e ofícios correlativos, por uma Chrysler Voyager castanha.

Tenho uma paixão já antiga pela Voyager. Quando era chefe do Expresso no Porto e tinha direito a carro de serviço (esta recordação faz-me lembrar que a minha carreira tem andado para trás pois nunca mais usufrui dessa simpática regalia) escolhi o monovolume da Chrysler quando chegou ao fim o «leasing» da carrinha Laguna.

A administração do Expresso alegou que a Voyager estava ligeiramente acima do «plafond»  a que eu tinha direito e contrapropôs a Renault Espace.

Aceitei e não me arrependi. A Renault Espace (azul) foi, do ponto de vista de conforto, o melhor carro que guiei até hoje.

Fiquei freguês dos monovolumes. Têm o inconveniente de terem pouca arrumação, mas o que é isso senão uma minudência sem relevância face à sensação bestial que é conduzir no andar de cima do tráfego?!?!

Parece que não, mas a elevação face ao nível da rua garantida pelos monovolumes pode poupar alguns embaraços. Que o diga o meu amigo Luciano (chamemos-lhe assim para ele poder manter-se meu amigo) que em tempos idos ficou à rasca quando deu por ele engarrafado no meio do trânsito, em plena avenida dos Aliados, com um autocarro do STCP ao lado, cheio de passageiros a presenciarem o labor da namorada dele, que se afadigava a fazer-lhe um broche.

Amei a Espace, mas fiquei com a Voyager atravessada. Assim tenha dinheiro e/ou um pretexto, compro logo uma. De preferência castanha.

Satisfeitas as necessidades básicas de transporte com a Chrysler, haveria lugar a um pequeno luxo. Um milionário tem o direito e o dever da excentricidade e ninguém pode aspirar a ser excêntrico sem ser o feliz proprietário de um descapotável de dois lugares.

Aqui confesso que hesito entre o velho Alfa Romeu Spyder, vermelho, e o mais recente Mazda Miata (ou MX5), cor de canela. Gosto um bocadinho mais do Alfa, mas toda a gente diz que ele é uma fonte de dores de cabeça e está sempre a avariar.

Aliviando-me da Marea e adicionando ao Mini a Voyager e um descapotável (o Spyder ou o Miata), daria por mim satisfeito e com o meu parque automóvel fechado. Três carros é a capacidade máxima da minha excentricidade neste particular dos automóveis.

Mas ainda há outros três carros que me trazem pelo beicinho e eu gostaria de um dia ter:

1.     A carrinha VW «Pão de Forma» é fabulosa. Uma moca. Já por mais de uma vez me senti tentado a comprar uma. O problema é que duplicaria a oferta da Chrysler Voyager.

 

2.     O Mini Cooper S, vermelho e com o tejadilho a branco, fabricado nos anos 60, é uma paulada. O problema é que não faz sentido ter dois Minis.

 

3.     O Trabant é tão feio, tão feio que acaba por ser incrivelmente belo. Tem dois problemas. A ausência de assistência e de peças e o facto de duplicar a oferta do Mini.

 

 

 

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