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Lavandaria

por Jorge Fiel

Lavandaria

por Jorge Fiel

Sab | 10.03.07

'bora aí retardar a ejaculação!

Jorge Fiel

 Vinheta final (intervencionada) do álbum «Paulette encontra um novo noivo», de Wolinski e Pichard 

 

 

As hostes da Frente Unida dos Homosexuais, Mulheres Frígidas e Ejaculadores Precoces estão a engrossar de uma forma alarmante. Uma sondagem do Kinsey Institute dá-nos um dimensão da catástrofe sexual em curso. Em média, os homens ejaculam menos três minutos depois de entrarem na toca. Está mal!

 

Não sou partidário do sexo tântrico, modalidade de que o casal Summers (Trudi e Sting) é o máximo paladino. Hoje em dia nenhuma pessoa normal (como nós) se pode dar ao luxo de dedicar umas dez ou doze horas por dia ao «sexy time».

 

A Trudi e o Sting têm tempo para isso porque são bilionários,  proprietários de casas em Londres, no «countryside» britânico, na Toscânia (junto a Florença) e em Nova Iorque - e dispõem de abundante pessoal doméstico que lhes trata daquelas minudêncas aborrecidas em que o quotidiano é fértil, como cozinhar o jantar, levantar a mesa, fazer a cama, arrumar os livros, etc, etc.

 

A propósito, não sei se sabem que a antiga governante do casal pôs a Trudi em Tribunal acusando-a de ser uma ditadora, de querer ser servida como uma rainha e de a ter despedido por ela ter engravidado.

 

Nunca gramei os Police. A mensagem na garrafa dizendo que eles vão voltar a reunir-se deixa-me ficar tão excitado como uma mulher frígida.

 

A própria Trudi já declarou que está mais entusiasmada com o regresso dos Take That do que com o facto do seu parceiro de sexo tântrico iniciar no próximo dia 28 de Maio, em Vancover, uma digressão mundial com o baterista Stewart Copeland e o guitarrista Andy Summers.

 

Apesar de não preconizar o sexo tântrico, não posso deixar de ficar chocado pelo pouco tempo de permanência no interior das parceiras que o meu género revela, de acordo com o estudo do Kinsey Institute.

As consequências da ejaculação precoce podem ainda mais devastadoras e terriveis para a humanidade do que o aquecimento global, denunciado pelo Al Gore.

 

Um inquérito feito junto de mil mulheres norte-americanos revela que mais de metade estaria disposta a não ter relações sexuais durante 15 meses em troca de um novo guarda roupa. Valha-nos Deus!

 

Da mesma maneira que o Expresso se envolve em campanhas a favor  por causas de interesse global para a Humanidade, a Roupa para Lavar não pode ficar indiferente à massificação do péssimo hábito da ejaculação precoce.

 

Por isso, lanço a todos os portugueses uma lancinante apelo para que se esforcem no sentido de melhorar a sua performance sexual, fixando como objectivo um mínimo de dez minutos de permanência antes da ejaculação!

 

 

ECONOMIA

A histórica nunca contada da moeda de dólar *

 

A Reserva Federal norte-americana aproveitou a minha recente permanência no país para lançar as novas moedas de um dólar, douradas e decoradas não só com a cara do meu incontornável homónimo Washington mas também de outras figuras como uma squaw tarnsportando um papoose às costas. Trata-se de uma medida assisada que merece o meu aplauso e prova que os italianos estavam errados quando propuseram que uma nota substituisse a moeda de euro, invicando o exemplo americano.

 

A esperança de vida das notas de dólar oscila entre os 18 e os 20 meses, enquanto se espera que a nova moeda tenha uma duração média de 30 anos. A introdução da nova moeda de dólar vai induzir uma poupança anual de 500 milhões de dólares ao Tesouro norte-americano.

 

Os italianos estavam destituídos de razão quando propuseram a nota de euro. Mas penso que devíamos dar alguma atenção à sugestão finlandesa de acabar com as moedas de um e dois cêntimos. Sexta feira, na Companhia das Sandes do Centro Comercial Península deram-me dez moedas de cêntimo como troco!

 

* Os direitos de autor da expressão «A história nunca contada de...» pertence ao nosso colega Sol, que iniciou a saga com «A história nunca contada de Pinto da Costa» e que esta semana continuou com «A história nunca contada de José Sócrates».

 

 

DEMOGRAFIA

O calor dilata os corpos

 

A evolução da população mundial não se vai ressentir do aborto da Elsa Raposo. Esta semana soube-se que o nosso preclaro amigo Sacha Baron Cohen, aka Borat, vai ser pai e foi visto a passear com a sua namorada Isla Fisher na praia de Malibu.

 

Concluo que o Sacha e a Isla têm tido um óptimo «sexy time». E estou pessoalmente convencido que o Borat se demora dentro da Isla (uma beldade australiana que se converteu ao judaísmo) bem mais do que os três minutinhos da ordem.

 

A propósito devo declarar que «La Isla Bonita» é uma das minhas canções preferidas da Madonna.

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Isla_Fisher

 

 

DESPORTO

Non, je ne regrette rien!

 

Paguei 96 libras por dois bilhetes para o Chelsea-Porto. Foi caro. Não me queixo, mas foi caro. Não fico satisfeito por ter contribuido para as 125 mil libras por semana (fiz as contas por alto e dá mais de nove milhões de euros por ano!) que ganha o Ballack. Mas ninguém me obrigou a dar o dinheiro.

 

«Non, je ne regrette rien», citando a Edith Piaf. A propósito da Piaf não resisto a reproduzir o parágrafo de abertura de um texto (sobre o «biopic» dedicado a ela)  redigido pelo meu bom e velho amigo Ferreira Fernandes (que é provavelmente o melhor jornalista português e que acaba de se transferir do Correio da Manhã para o DN): «Filha de um contorcionista e neta de uma domadora de pulgas, Edith Piaf morreu aos 48 anos parecendo ter 70. Renasce agora num filme sobre a sua vida atribulada».

 

Fechado o parentesis Piaf, volto ao futebol. Foi pena que o sonho da primeira parte tenha sido desfeito logo ao começo da segunda pela infelicidade do Helton. Mas o futebol é assim, a bola é redonda, são onze de cada lado (no caso de não haver expulsões...) e prognósticos só no final do jogo. 

 

Quanto às 48 libras por bilhete, reafirmo que o preço é caro. Da mesma maneira que foram caros os bilhetes para o Braga-Tottenham - entre 40 e 75 euros - e foi essa a razão porque não se encheram as bancadas do seu magnífico estádio.

 

A mais negativa das consequências da empresarialização do futebol foi a de afastar os jovens e os mais pobres dos novos e belos estádios. Um estudo sobre a Premiership, divulgado esta semana por Richard Caborn, o ministro britânico do Desporto,  revela dados alarmantes. Entre a época 89/90 e a actual, o preço dos bilhetes aumentou mais de 600%. E a idade média dos adeptos já está nos 43 anos.

 

Esta inflação está a excluir os jovens. Neste momento, só 9% dos fãs têm menos de 25 anos. 

 

O negócio do futebol precisa de levar uma volta. O preço dos bilhetes tem de baixar. E muito provavelmente vai ser preciso importar algumas regras da NBA, como o «draft» e o tecto salarial.

 

 

JUSTIÇA

Durão e Madail: dois exemplos de invertebrados

 

Perguntado sobre a razão porque integrou Pinto de Sousa (empresário de pneus e ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol-FPF) na comitiva que levou a Moçambique numa visita oficial, quando era primeiro ministro de Portugal, Durão Barroso chutou para o lado. Não foi ele quem fez a lista, foram os assessores!

 

Perguntado sobre a razão porque incluiu Pinto de Sousa (o empresário que tem o mesmo apelido que José Sócrates) na sua lista para os Corpos Sociais da FPF, Gilberto Madail sacudiu a água do capote.

 

Não foi por vontade dele mas sim por pressão da Associação de Futebol do Porto.

 

Durão e Madail não têm vontade própria. São inimputáveis. Quem escolhia as comitivas do primeiro eram os asssessores - ele não passava de uma espécie de Rainha de Inglaterra. Quem escolhe as listas do segundo são as associações - ele não passa de uma espécie de pau mandado.

 

Durão e Madail são protozoários. Invertebrados. Em pequenos, escondiam-se atrás das saias das mães. Em grandes, continuam a esconder-se. A responsabilidade das coisas más nunca é deles. Encontram sempre um bode expiatório. Não gosto deles!

 

 

PORTO

A falha técnico-informática do imparável Rui Rio

 

Pormenor de Sem título, Acrílico sobre tela, Abreu Pessegueiro (2003), colecção particular do genial autor da Roupa para Lavar

 

«Por penosa falha técnico-informática esteve ontem visível no novo espaço Consulta deste site, durante meia hora, a desagradável pergunta: 'Concorda com a política de oposição do JN à Câmara do Porto, se realizada por opção do director, desde os primeiros dias do mandato e sujeita a desmentidos legalmente consagrados?'

 

«Tratava-se apenas de uma questão-teste que durante os necessários ensaios técnicos que antecedem a troca do tema no espaço em causa, por lapso, ficou indevidamente visível no ecrã em lugar da pergunta: 'Considera que o JN é isento e rigoroso no tratamento que dá á informação sobre a Câmara do Porto?'»

 

Este pedacinho de ouro foi extraído do site oficial da Câmara Municipal do Porto. Dispensa legendas.

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