Sete coisas que não fiz mas gostaria de ter feito
Cinco dias em Paris é melhor do que quatro dias em Paris - mas é pior que seis dias em Paris. Vem esta evidência lapaliciana a propósito das coisas que não fiz durante esta viagem e gostaria de ter feito.
Para memória futura, compulso numa lista as minhas faltas de comparência:
1. Lamentavelmente não embarquei na roda gigante que está instalada entre as Tulherias e rue de Rivoli. É imperdoável, tanto mais que ainda me lembro como se fosse hoje o belo divertimento que foi ter andado, aqui há uma data de anos, com o Cassiano Ferraz (companheiro de outra aventura bem mais radical- a excursão pedestre ao topo da Notre Dâme, mesmo até ao apartamento do Corcunda), na roda gigante que esteve instalado na Place Concorde;
2. Não fui ver a exposição do Kandinsky que está no Pompidou, o que é irremediável, pois trata-se de uma mostra temporária, mas não é grave. Grave, dramático mesmo, seria se eu tivesse falhado aqui há uns anos a formidável exposição de Magritte que esteve na Galeria Jeu de Paume;
3. Falhei a experiência praias de Paris em Agosto (ver foto). Elas estavam ali tão perto, bastava descer até às margens do Sena e espreguiçar-me (gratuitamente) numa daquelas deck chairs, espreitando com um olho os bateaux mouche - e usando o outro para seguir um jogo de petanque;
4. Fazia parte dos meus planos dar uma passeata pelo Parc Monceau, o que ficou no tinteiro, apesar de ter andado por lá perto quando fui à Fnac de Ternes;
5. Gosto muito das cadeiras verde tropa dos Jardins du Luxembourg e por mais de uma vez já estive para comprar uma (ou até mesmo duas!) das mais confortáveis (as que têm braços e que dão para estar quase deitado). Podia ter sido desta vez. Fica para a próxima;
6. Há umas contas a ajustar entre mim e o Museu Carnavalet no Marais, onde se conta a história da cidade e que é considerado uma das maravilhas de Paris. Estou farto de passar à porta mas nunca me dispus a entrar, por esta ou outra razão. Espero ter oportunidade para o fazer ainda em vida;
7. Já andei por diversas vezes Sena acima, Sena abaixo, em diferentes tipos de embarcação, mas falta a aventura fluvial de fazer o canal de Saint Martin até ao bassin de La Villette.
Devo ainda dizer que fiquei com remorsos de não ter insistido em apear-nos do Montmartrebus, na paragem junto à Place du Tertre, que a Marta gostaria de ter visitado.