Uma pausa de dez minutos no jardim das Amoreiras
O café que tomo, todas as 4ª feiras, por volta das 11h00, na esplanada do quiosque do Jardim das Amoreiras, em Lisboa, é um dos pequenos oásis que frequento na travessia da minha semana tipo.
Na 3ª à noite tenho de estar no Porto, por causa do programa Será Assim Tão Difícil? (o sujeito subentendido desta pergunta é a regionalização…), emitido em directo pelo Porto Canal.
Na 4ª, às 11h30, tenho de estar em Lisboa, no Hotel Amazónia (onde está o estúdio do Canal Q) para gravar o episódio semanal do programa Sacanas Sem Lei, apenas avistável na plataforma Meo, em que faço o meu papel de portista, contracenando com a benfiquista Leonor Pinhão e o sportinguista José de Pina.
Quando acaba a minha exibição no Porto Canal - a mais das vezes triste, a televisão não é a minha praia (escrever ainda se dá um jeito mas ecrã…) mas uma pessoa tem de ganhar a vida e isto está difícil para todos – voo para casa e durmo depressa porque durante a semana o despertador está sintonizado para as 6h30.
No dia seguinte apanho o Alfa 120, que parte de Campanhã às 7h45 e me deixa em Santa Apolónia às 10h29, onde apanho o metro para o Rato, que fica a pouco mais de uma centena de metros do Jardim das Amoreiras (onde desagua a referida travessa da Fábrica dos Pentes), onde faço, por 60 cêntimos apenas, se o tempo não estiver péssimo, um intervalo de dez minutos nas minhas stressantes aventuras audiovisuais.