Excuse me, sorry, how much does it cost?
Não tem que saber. Sábado de manhã em Londres é sinónimo de Portobello. O tempo ajudava, pois ameaçava chover, mas a ameaça não se concretizava.
Andar à superfície, de autocarro, é melhor do que de metro, mas resolvemos não complicar uma viagem que seria mais rápida e simples se feita debaixo de terra. Quando as coisas parecem complicadas, o metro simplifica. Tube para Notting Hill. Apanhamos em Aldgate a District Line (verde) e mudamos em South Kensington para a Circle (amarela).
Portobello é um mercado muito simpático, apesar de implicar passarmos a manhã aos encontrões, a evitar perdermo-nos uns dos outros (éramos quatro, duas meninas e dois rapazes) e a repetir três frases: “excuse me”, “sorry” e “how much does it cost?” .
Começamos laboriosa e metodicamente a preencher a nossa lista de prendas de Natal: Uma bola de cabedal para treinar boxe (Funano) , uma lupa com um cabo bem bonito (Titi), uma camisola Drogba do Chelsea (Rapaz) e uma t shirt dos Simpson (Pedro).
Demos ainda uma espreitadela à recomendável Books for Cooks, uma livraria especializada em gastronomia que em foi recomendada pela chef Mafalda Pinto Leite que já trabalhou aqui quando viveu em Londres.
O conceito da Book for Cooks é aliar a teoria à prática. Ao fundo da livraria há uma cozinha e umas duas ou três mesas, onde diariamente se podem apreciar o resultado final de receitas de um dos livros à venda.
Se não se desse o caso de ter armazenadas no saco as sandes de fiambre e de rosbife, confeccionadas ao pequeno almoço, certamente teria provado o goulash e empada que eram o prato do dia nesta livraria que fica numa perpendicular de Portobello (4 Blenheim Crescent).
Portobello, manhã de 5 Dezembro 2009