Da importância de inspeccionar a sanita antes de se sentar e não se descalçar se cheira mal dos pés
O mundo está perigoso, como dizia o Vasco Pulido Valente.
Noutro dia, um australiano andava a passear num centro comercial, deu-lhe a volta à barriga, procurou a casa de banho, sentou-se no trono, aliviou as tripas e quando se ia a levantar, para proceder à limpeza metódica (presumo) do rabo, constatou que não podia, porque tinha o traseiro colado à sanita.
Pôs aos berros, chamando a atenção para a sua desgraça, e acabou por ser conduzido, com o rabo sujo e a sanita colada (estilo anexo) ao traseiro, pelos bombeiros ao hospital onde os médicos usaram poderosos solventes industriais para o libertar.
É terrível que qualquer pessoa anónima que ande por aí à solta com diarreia possa ser vítima de um atentado terrorista como este, cometido por um engraçadinho equipado com um tubo de supercola, que se adquire em qualquer hipermercado a um preço bastante em conta.
Eu até sou adepto de partidas, mas o mais longe que fui no capítulo das patifarias, foi esconder na gaveta dos legumes do frigorífico um dos sapatos que o Mané tinha a mania de descalçar durante os jogos de king que fazíamos em casa do Jaime – apesar de estar farto de saber que cheirava mal dos pés.
No final do jogo, sem que ninguém reparasse, escondi-lhe o sapato e vim-me logo embora, deixando o Mané retido em casa do Jaime, onde se demorou várias horas na busca do sapato desaparecido. Uma pequena patifaria, mas de bom gosto (digo eu).
E já agora dois conselhos, em jeito de moral da história, para evitar imprevistos:
1. Inspeccione bem todas as sanitas desconhecidas antes de se sentar:
2. Se cheirar mal dos pés, abstenha-se de se descalçar em casa alheia, durante jogos de cartas.